Ari Miranda
Única News
O Juízo da 5ª Vara Criminal de Sinop (500 Km de Cuiabá) acolheu a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e tornou réus os advogados Roberto Luis de Oliveira, Hingritty Borges Mingotti, Jéssica Daiane Maróstica e Tallis Lara Evangelista, presos durante a operação Gravatas, deflagrada no dia 12 de março deste ano pela Polícia Civil.
Os quatro juristas foram presos acusados de trabalhar para a facção criminosa Comando Vermelho, na região de Tapurah (389 Km de Cuiabá), tanto advogando, como atrapalhando investigações e até mesmo auxiliando membros da facção em levantamentos de dados dos criminosos rivais, para emissão de sentenças do “tribunal do crime”.
O policial militar Leonardo Qualio também foi preso por envolvimento no esquema. Por possuir prerrogativa, o caso do PM será julgado na esfera militar.
Além dos advogados e do policial, foram denunciados pelo promotor de Justiça Marlon Pereira Rodrigues, no começo de abril os criminosos Paulo Henrique Campos de Aguiar, o “Noturno”; e Robson Júnior Jardim dos Santos, vulgo “Sicredi”, apontados como líderes do CV na região de Tapurah.
A OPERAÇÃO
A ação contou com apoio da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e regionais da Polícia Civil de Nova Mutum e Sinop. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Sinop e Cuiabá.
Os relatórios de investigação policial, que reúnem mais de mil páginas, detalham a conduta dos investigados e que cada advogado tinha uma tarefa bem definida em benefício da organização criminosa.
A investigação apontou que os líderes da facção criminosa se associaram aos quatro advogados, que representavam o braço jurídico do grupo, e havia uma clara divisão de tarefas a fim de obterem vantagem de natureza financeira e jurídica, entre outras, com a prática de crimes como o tráfico de drogas, associação ao tráfico, tortura e lavagem de capitais.
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