CNN Brasil
Única News
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizou, nesta quarta-feira (2), a abertura de um inquérito para investigar o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
O pedido da PGR foi feito no dia 31 de maio e tem como base a notícia-crime apresentada em abril contra o ministro por suposta atuação para atrapalhar a apuração da maior apreensão de madeira do Brasil, feita na Operação Handroanthus.
No pedido, apresentado pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques, a PGR quer saber se o ministro do Meio Ambiente cometeu crimes como advocacia administrativa, dificuldade de fiscalização ambiental ou impedimento na investigação de infração penal que envolva organização criminosa.
Como diligências iniciais a serem cumpridas pelo Departamento de Polícia Federal, a PGR pede que haja a oitiva dos proprietários rurais e agentes de fiscalização do Ibama, a requisição de cópia digitalizada da integralidade dos procedimentos de fiscalização e investigação relativos aos ilícitos ambientais.
Investigação da Polícia Federal
O inquérito terá como base a apuração conduzida pelo então superintendente da PF no Amazonas, delegado Alexandre Saraiva, e que foi remetida ao STF.
Saraiva também acusou Salles de favorecer madeireiros e ainda de integrar uma organização criminosa envolvida num esquema de receptação e crimes ambientais. O caso levou à retirada do delegado - um dos mais experientes da corporação - da Superintendência do órgão no Estado.
No dia 19 de maio, Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de busca e apreensão em locais ligados ao ministro do Meio Ambiente na Operação Akuanduba. O presidente do Ibama, Eduardo Bim, também foi alvo de busca e apreensão e afastado do cargo por determinação do Supremo.
As investigações começaram em janeiro deste ano após informações obtidas junto a autoridades estrangeiras que relataram desvio de conduta de servidores brasileiros no processo de exportação de madeiras.
Procurado, o ministro respondeu, através de sua assessoria, que "o inquérito demonstrará que não há, nem nunca houve, crime nenhum". (Com informações da Reuters)
ENTRE EM NOSSO CANAL AQUI
RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS NO WHATSAPP! GRUPO 1 - GRUPO 2 - GRUPO 3