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POLÍTICA Domingo, 04 de Novembro de 2018, 17:51 - A | A

04 de Novembro de 2018, 17h:51 - A | A

POLÍTICA / PÓS ELEIÇÃO

Após defender taxação do agronegócio, Jayme pede fim do sigilo fiscal de tradings

Marisa Batalha



Foto: (Reprodução/Web)

Jayme Campos

 

Um pouco depois de sua vitória nas urnas, por uma das duas vagas pela Senatoria, Jayme Campos (DEM), incorporou um discurso - ao que parece, sem volta -, contra o que ele tem chamado de 'barões do agronegócio'.

 

Em entrevista nesta semana à Rádio Capital FM, Campos voltou a defender não só a taxação para o setor como ainda o fim do sigilo fiscal das tradings que atuam em Mato Grosso, para que o governo do Estado possa detectar eventuais sonegações de impostos na exportação de grãos.

 

Mas não é só senador eleito Jayme Campos que adotou este discurso, também o deputado federal  reeleito, Carlos Bezerra (MDB), e o ex-governador Júlio Campos, novo presidente do DEM.

 

Os três são a favor da taxação do agronegócio como uma das soluções para o deficit orçamentário do Estado, em 2019. 

 

Com críticas cada vez mais ácidas, os Campos e, em particular, o ex-governador Júlio Campos revelou recentemente - em conversa com jornalistas -, que o Estado tem que cobrar dos “gaúchos” que exploram as terras de Mato Grosso e estão bilionários, sem pagar o imposto dos produtos vendidos no mercado interno.

 

À Capital FM, Jayme assegurou que há muita gente que não paga imposto e quer continuar sem pagar. E que para colocar fim a isto será necessário que a Secretaria de Estado de Fazenda abra a ‘caixa-preta’ da Sefaz em relação às tradings”, 

 

As tradings são empresas que atuam como intermediárias entre fabricantes e compradores em operações de importação e exportação, comumente de sementes e Mato Grosso.

 

Campos lembrou que em 2017, o então presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Antônio Joaquim, chegou a pedir que a Sefaz fornecesse informações fiscais de empresas exportadoras que atuam no Estado, durante o período de 2013 a 2016.

 

A ideia do TCE na época, ainda diz Jayme, era realizar seis auditorias operacionais e uma de conformidade. Após indícios de que R$ 6 bilhões de exportações não saíam do mercado interno, o que representa aproximadamente R$ 500 milhões de ICMS não recolhidos ao Estado.  

 

'Quando isto ocorreu o governador tuca no Pedro Taques entrou com um mandado de segurança e não deixou que o Tribunal de Contas do Estado fizesse isto. Sob a alegação que os dados eram sigilosos e não poderiam ser encaminhados à Corte de Contas'.

 

A principal alegação do senador eleito é que essas empresas estariam simulando exportações de produtos para se beneficiarem com isenção de impostos. 

 

“Tem informação chegando até mim de casos graves que estão ocorrendo no Estado e que é preciso ter coragem para fazer o enfrentamento, não resta outra alternativa. Cabe ao governador eleito Mauro Mendes fazer isso. Caso contrário, o Mauro vai quebrar a cara, dar com burros n’água”, ainda acrescentou o novo senador.

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