Por Suelen Alencar / Única News

O Ministério Público do estado de Mato Grosso (MPE) divulgou, por meio de nota que a denúncia protocolizada na Defaz, pelo candidato Wilson Santos (PSDB) contra familiares de Emanuel Pinheiro (PMDB) por suposto crime de recebimento de incentivo fiscal e que induz o envolvimento de um promotor é “mentirosa”.
No documento os Promotores de Justiça repudiam as declarações de Wilson Santos e Bárbara Pinheiro que estão no áudio apresentado na Delegacia Fazendária. Sobre a relação do promotor citado o MP esclareceu que há apenas dois promotores de Justiça com o nome “Sergio”, lotados na capital.
“Existem apenas dois promotores na capital [...] São eles: o coordenador do Núcleo de Ações de Competência Originária (NACO), Promotor de Justiça Antônio Sérgio Cordeiro Piedade, e o promotor de Justiça Sérgio Silva Costa, do Núcleo de Promotorias de Justiça de Defesa da Administração Pública e da Ordem Tributária”, diz trecho da nota.
Segundo o MP, ambos negaram veementemente que tenham recebido Bárbara Pinheiro para atendimento ou recebimento de denúncia e garantiram que “ vão apodar as providências para apurar os motivos e quem foram os responsáveis pela declaração no áudio. O órgão ainda lamenta que “a utilização de artimanha” esteja sendo usada durante o processo eleitoral da capital.
“O Ministério Público do Estado de Mato Grosso lamenta que a disputa eleitoral, que deveria ser um processo democrático e limpo, tenha tomado rumo diverso, com a utilização de artimanhas para confundir a opinião pública. Inclusive, com tentativa de manchar a credibilidade de uma Instituição que não tem medido esforços para defender a sociedade”, finaliza documento.
Outro lado
(Foto: Roger Perisson / Única News)
Já a assessoria do candidato Wilson Santos disse que as críticas da nota divulgada pelo Ministério Público devem ser direcionadas aos autores da declaração e não ao candidato.
O áudio apresentado por Wilson e distribuídos para toda a imprensa demostra a voz de uma mulher (Barbara Pinheiro citada pelo candidato), no qual diz que procurou o MP para denunciar, mas que foi orientada a voltar “depois da eleição”.
“.... Eu já fui para o MP, eu já conversei, e aí eles falaram assim para mim, 'espera passar a eleição'. Porque eu fui assim... se eu tiver feito alguma coisa errada, tudo bem, em vim aqui me entregar. Vão me prender. Agora o case é prender os outros, ok, vamos prender. Prender todo mundo. Só que aí o Dr. Sérgio falou, 'não! Espera passar a eleição daí você vem aqui e a gente vai conversar’”, conforme áudio.
Sobre a apresentação do Fluxograma com os nomes supostos envolvidos no esquema, em nota a assessoria do tucano disse que o objetivo é apenas ‘retratar o contexto dos documentos apresentados à investigação”.
“O fluxograma apresentado à Defaz apenas e tão somente retrata o contexto dos documentos apresentados à investigação, sem fazer qualquer tipo de juízo de valor, avaliar se houve ou não essa ida da Sra. Bárbara ao Ministério Púbico, e se ela falou ou não com algum procurador. Apenas relata o fato para que seja devidamente apurado”, esclareceu em nota.
Veja as notas na íntegra:
Nota Ministério público
Em relação às denúncias divulgadas pelo candidato a prefeito Wilson Santos, com apresentação de fluxograma insinuando e induzindo a população a um suposto envolvimento de um Promotor de Justiça ,identificado como “Sérgio”, em esquema de propina e prevaricação, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso esclarece:
1º – Existem apenas dois Promotores de Justiça com esse nome lotados na Capital. São eles: o coordenador do Núcleo de Ações de Competência Originária (NACO), Promotor de Justiça Antônio Sérgio Cordeiro Piedade, e o promotor de Justiça Sérgio Silva Costa, do Núcleo de Promotorias de Justiça de Defesa da Administração Pública e da Ordem Tributária. Ambos negam veementemente que tenham recebido Bárbara Pinheiro para atendimento ou recebimento de denúncia ou qualquer documento;
2º – Os Promotores de Justiça ressaltaram que ficaram surpresos com a notícia mentirosa e que vão adotar as providências cabíveis para apurar os motivos e quem foram os responsáveis por tais declarações;
4º – O Ministério Público do Estado de Mato Grosso lamenta que a disputa eleitoral, que deveria ser um processo democrático e limpo, tenha tomado rumo diverso, com a utilização de artimanhas para confundir a opinião pública. Inclusive, com tentativa de manchar a credibilidade de uma Instituição que não tem medido esforços para defender a sociedade.
Nota Assessoria de Imprensa Wilson
Em função da nota divulgada pelo Ministério Público, onde critica a insinuação de envolvimento de um Promotor de Justiça em "prevaricação", no caso da denúncia de recebimento de propina por familiares do candidato a prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, o deputado Wilson Santos (PSDB) e a coligação Dante de Oliveira prestam os seguintes esclarecimentos:
1) Wilson Santos protocolou documentos relacionados ao caso à Delegacia Fazendária (Defaz) na tarde desta segunda-feira (24). O pedido é para que se investigue a existência de propina de R$ 4 milhões;
2) O repúdio do Ministério Público deve ser direcionado a quem fez as declarações sobre o assunto, no caso a Sra. Bárbara de Noronha Pinheiro e seu marido, Marco Polo de Freitas Pinheiro, cunhada e irmão, respectivamente, do candidato a prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro;
3) Conforme áudio da gravação, devidamente encaminhada à Defaz e à imprensa, a Sra. Bárbara Pinheiro faz – textualmente - a seguinte declaração:
4) " ... Eu já fui para o MP, eu já conversei, e aí eles falaram assim para mim, 'espera passar a eleição'. Porque eu fui assim... se eu tiver feito alguma coisa errada, tudo bem, em vim aqui me entregar. Vão me prender. Agora o case é prender os outros, ok, vamos prender. Prender todo mundo. Só que aí o Dr. Sérgio falou, 'não! Espera passar a eleição daí você vem aqui e a gente vai conversar'";
5) Ou seja, o fluxograma apresentado à Defaz apenas e tão somente retrata o contexto dos documentos apresentados à investigação, sem fazer qualquer tipo de juízo de valor, avaliar se houve ou não essa ida da Sra. Bárbara ao Ministério Púbico, e se ela falou ou não com algum procurador. Apenas relata o fato para que seja devidamente apurado;
6) Cabe à Defaz e ao próprio Ministério Público investigarem a denúncia para que a verdade seja estabelecida em relação ao assunto, por certo intimando a própria Sra. Bárbara Pinheiro e seu marido para que esclareçam sua declaração.
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