Única News
Da Redação
A juíza Ana Cristina Silva Mendes, do gabinete II da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, ouviu, na manhã desta terça-feira (02), no Fórum de Cuiabá, os empresários da construção civil, Giovani Belatto Guizardi, da Construtora Dínamo, e Ricardo Augusto Sguarezi, dono da Aroeira.
Nos depoimentos, os dois empresários, tanto Giovani Guizardi, que figura entre os cinco réus do processo, originado pela Operação Rêmora, como Ricardo Sguarezi, ouvido na condição de testemunha de acusação, detalharam como o processo era desenvolvido para encaminhar e possibilitar a liberação das verbas destinadas ao pagamento de obras de construção e reforma de unidades escolares em Mato Grosso.
Eles reafirmaram, de acordo com as informações que constam nos autos, que o esquema atendia ao interesse de construtores que prestavam serviços para a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), por meio de licitações.
A próxima audiência foi agendada para o dia 1º de agosto, quando será ouvido Luís Fernando da Costa Rondon, empresário da Construtora Panamericana, que prestará depoimento como colaborador. Na mesma data, também serão ouvidas as testemunhas de defesa.
O depoimento dos réus Alan Ayoub Malouf, Permínio Pinto Filho, Fábio Frigeri, Wander Luiz dos Reis e Giovani Belatto Guizardi foi marcado para o dia 19 de agosto.
Eles são acusados de participar do esquema de pagamento e recebimento de propina para garantir a liberação de verbas na Secretaria Estadual de Educação (Seduc), entre 2015 e 2016.
Operação Rêmora
A operação Rêmora foi deflagrada no dia 3 de maio de 2016,sendo o 2º ano da gestão de Pedro Taques (PSDB), pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), para desmantelar um esquema de fraudes e direcionamento de 23 licitações da Seduc - que caso não fosse deflagrada a operação Rêmora - chegaria a R$ 56 milhões para construção e reformas de escolas. Na época, Permínio Pinto era o chefe da pasta, que também foi preso em outra fase da Rêmora, deflagrada no dia 20 de julho de 2016.
Segundo o Ministério Público Estadual, ficou comprovado que após o pagamento por parte da Seduc aos empreiteiros o valor (inicialmente 5%, depois de 3%) era devolvido a parte da organização criminosa por meio do arrecadador da propina, Giovani Guizardi.
ENTRE EM NOSSO CANAL AQUI
RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS NO WHATSAPP! GRUPO 1 - GRUPO 2 - GRUPO 3