Da Redação
(Foto: Reprodução/Web)

O empresário Alan Malouf, tem 10 dias para apresentar as documentações, para substituir um imóvel que foi bloqueado pela Justiça, nos autos de uma ação civil pública, originária da 3ª fase da operação Sodoma. Atendendo pedido de sua defesa de substituir o imóvel por outra propriedade.
A determinação foi da juíza da Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular, Célia Vidotti.
Alan é acusado de estar envolvido no esquema de desapropriação de imóvel no bairro Jardim Liberdade, que causou um prejuízo aos cofres públicos de R$ 31,7 milhões em 2014, na gestão do ex-governador Silval Barbosa. No pagamento de indenização feita pelo Estado à empresa Santorini Empreendimentos Ltda, em um jogo, já provado que era combinado e superfaturado.
Prova disto, é que após o pagamento, a empresa teria devolvido 50% do valor ao suposto grupo criminoso, liderado pelo ex-governador, alimentando um propinoduto que distribuiu muito dinheiro a políticos em sua administração.
Neste esquema desmantelado na operação Sodoma 3, o gestor estadual – junto com seus comparsas, os ex-secretários Pedro Nadaf, Marcel Cursi e Arnaldo Alves; ainda seu ex-chefe de gabinete, Silvio Cesar, o advogado Levi Machado, o procurador aposentado Chico Lima e o empresário Filinto Muller – tiveram seus bens bloqueados em até R$ 15,8 milhões, determinado pela magistrada.
Já Alan Malouf teve um bloqueio de R$ 200 mil e Antônio Carlos Millas no montante de R$ 500 mil.
Em trecho da decisão que beneficia Malouf, a magistrada exige que os documentos sejam entregues no tempo estipulado, como forma de comprovar a propriedade e a inexistência de pendências sobre ele. “Como a matrícula imobiliária, o documento hábil a comprovar a propriedade, nos termos do art. 1.245 e §§, do CPC, bem como a inexistência de outros ônus sobre o imóvel além daquele decorrente da ação penal mencionada, em trâmite na 7ª Vara Criminal desta Comarca”,.
Vitotti também ressalta que caso o imóvel esteja em nome de outra pessoa, a disponibilização deve ser feita pelo proprietário, por meio de escritura pública.
Outro caso
O empresário Alan Malouf também está envolvido em outro esquema desarticulado em maio de 2016, com a deflagração da operação Rêmora, pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado, já no governo de Pedro Taques (PSDB).
A operação desarticulou um esquema de fraudes a 23 licitações orçadas em mais de R$ 56 milhões lançadas pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc), em obras e reformas de escolas no Estado. As fraudes foram praticadas no decorrer de 2015 quando a pasta era comandada por Permínio Pinto (PSDB).
Alan Malouf foi preso em 14 de dezembro do ano passado na 3ª fase da operação Rêmora, batizada de "Grão Vizir", quando as investigações já tinham avançado. Quando então foi constatado sua participação no esquema de corrupção.
Ao Gaeco, Alan que estaria com sua delação quase pronta para ser homologada na Procuradoria Geral da República, chegou a revelar ao Gaeco que o dinheiro desviado no esquema seria por conta de uma dívida de campanha de Taques com ele, na ordem de R$ 10 milhões, por meio de um possível "caixa dois" nas eleições de 2014.
Malouf seria um dos grandes investidores financeiros da campanha de Taques. E ainda que o gestor tucano, na época,tenha dito que apenas tinha um relacionamento social com o empresário, Alan assegurou que, no entanto, não só recebeu convite para escolher o cargo que quisesse na administração de Taques, como ainda retrucou o governador, ao garantir que dezenas de reuniões ocorreram em sua residência e que, inclusive, o gestor quando morou em São Paulo, ficou por anos em um de seus apartamentos. Por conta da Rêmora [Grão Vizir] ele foi condenador a 11 anos e 1 mês de prisão.
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