Cuiabá, 16 de Junho de 2024

JUDICIÁRIO Sexta-feira, 24 de Maio de 2024, 12:34 - A | A

24 de Maio de 2024, 12h:34 - A | A

JUDICIÁRIO / TORTURA E ASSASSINATO

“Piloto” e “Madruga Neguim” são condenados por executar membro de facção rival em MT

Somadas, penas da dupla criminosa chegam a quase 42 anos de prisão.

Ari Miranda
Única News



Alex da Cruz Gomes, vulgo “Piloto”, e Paulo Gabriel Gomes Ferreira, o “Madruga Neguim”, foram condenados pelo Tribunal do Júri, em Juína (a 735 Km de Cuiabá) pelo homicídio qualificado de Wilson Gonçalves de Oliveira (41) em abril de 2022. Além da condenação, os dois faccionados responderão pelos crimes de tortura, integrar organização criminosa, cárcere privado, tráfico de drogas e ocultação de cadáver.

O Conselho de Sentença acolheu a tese do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) na sessão de julgamento realizada na última terça-feira (21).

A pena de Alex foi fixada em 17 anos, 10 meses e 12 dias de prisão e 316 dias-multa, bem como 15 dias de detenção. Já a de Paulo Gabriel foi arbitrada em 24 anos e seis meses de cadeia e 520 dias-multa. Inicialmente, os dois condenados cumprirão as penas em regime inicial fechado e não poderão recorrer da sentença em liberdade. Atuou no júri o promotor de Justiça Dannilo Preti Vieira.

O crime

A dupla e outros dois homens foram denunciados pela morte de Wilson, mediante emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima e visando assegurar vantagem de outro crime. O processo foi desmembrado e os outros envolvidos, Jorge Henrique dos Santos da Silva e Diogo Ragiotti Lopes de Holanda, foram julgados e condenados pelo Tribunal do Júri em julho do ano passado.

O crime aconteceu no dia 6 de abril de 2022. Conforme a denúncia do MP, os quatro são membros de uma organização criminosa e tinham como missão inicial torturar Wilson, para obterem informações acerca do tráfico de drogas na região.

Após torturarem a vítima e o manterem em cárcere privado junto com outras três pessoas, um dos “cabeças” da facção no município determinou a execução. O corpo de Wilson foi encontrado três dias depois, enterrado na mata, em uma cova rasa próximo do bairro Módulo 06, em Juína.

Alex, Paulo Gabriel e Jorge Henrique foram responsáveis por levar Wilson até o local do crime, enquanto Diogo ficou vigiando as outras vítimas, mantidas em cárcere privado. Jorge efetuou os disparos que mataram a vítima, auxiliado pelos comparsas.

“O recurso que dificultou a defesa da vítima deu-se em razão de ter sido levada até o local já amarrada, bem como, pelo fato de os denunciados estarem em número maior de agentes. O crime foi praticado para assegurar a vantagem no tráfico de drogas”, narrou a denúncia.

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